Quero filhos que me façam sentir-me plena como reprodutora e que me deem a sensação de missão cumprida.
Quero filhos dos filhos com quem eu possa aprender continuamente, e que me dêem a chance de transmitir os valores, as tradições e os aprendizados de nossos antepassados.
Quero genros, noras, enteados e quaisquer outros agregados, trazidos pelos corações dos meus filhos, que me permitam acessar meus filhos e netos de maneira espontânea, leve, livre e cheia de vida e amor para dar.
Quero também que todos eles sejam saudáveis, alegres, solidários, éticos, abertos ao novo, autônomos, capazes de administrar suas finanças, conscientes e ativos socialmente, compassivos, empáticos, que saibam diferenciar verdades de mentiras, respeitosos e dotados de senso crítico, a vacina contra manipulação de suas mentes.
Quero poder ser feliz, sem a interferência dos filhos, embora esteja sempre aberta para suas ponderações que venham enriquecer a minha estratégia de crescimento como pessoa.
Quero receber telefonemas, mensagens e visitas carinhosas e sentir que sou amada. Isto vale mais que quaisquer presentes que porventura venha a receber, embora eu goste deles.
Quero ser mimada quando estou dodói. E como sou! Como é gostoso!
Quero a graça de saber que toda a energia que eu dediquei à família, sempre procurando acertar, tenha sequência na vida de cada um deles, pela vida afora.
Quero poder olhar para trás, não me arrepender de nada e fazer tudo de novo, como mãe, considerando a experiência e os conhecimentos acumulados, nesses anos.
Quero poder viver muito para aproveitar cada momento da evolução deles, e apreciar o milagre de ser mãe.
Será que quero muito?

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